(para ler em voz alta)
Danielle Danielle. Esse era o som que o cavalo fazia quando andava. Danielle. Ela não gostou do som. Danielle Danielle. Mas as patas do cavalo tocavam o chão e faziam Danielle. Ela fez cara feia e disse que não era um cavalo. Perguntei se ela não sentia o som. Danielle era o som da pata do cavalo tocando o chão.
Do mesmo modo que Cecília é um sussurro no ouvido, Clarice, uma gota d’água caindo, Lourdes, a água do chafariz e Natália, um tapa na cara, o cavalo andava e Danielle ecoava.
Se fizéssemos silêncio, verias que é um som bonito. Só que palavra não se vê nem se escuta, se sente. E teu nome é uma palavra. E está entre as mais bonitas. Você não sente, Danielle? Sinto muito – ela disse. E ainda me acusou de sentir demais.
Danielle Danielle. O cavalo se aproxima, balançando sua crina. Montada nele, com seu vestido longo e pomposo, a princesa dos olhos azuis de piscina e cabelos loiros de platina. Danielle, sente as cores? Consegue sentir a rima? Ela ria de mim, mas não pude parar: Te adoro, Dani, minha menina.
4 Recados:
Às vezes ouvimos sons inaudíveis aos que nos rodeiam. O meu soa um pouco diferente... E eu escuto todas as noites.
Parabéns Liza, simples e emocionante.
Ah, Liza. Lindo demais o tanto de música e poesia que você consegue libertar na sua escrita, lindo demais o tanto de imagem com que você concretiza o canto das palavras. Lindo demais o voo que se ergue do nome da tua menina.
Muito bonito esse texto Liza...
O cavalo já é um animal que transmite uma música natural, uma liberdade sem igual. Juntar esse animal, com o som e as cores da arte tornaram esse texto simplesmente agradável de se ler!
Bjos,
£!
E eu vos direi:
"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender as estrelas
(Bilac)
lyb
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