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Questiono


Começo ou termino? Escrevo ou arrumo as malas? Resposta: - Penso!!! Sempre penso!!!

Há quinze bilhões de anos, mais ou menos, “Big Bang” (barulho) e, toda energia concentrada e densa sofreu uma grande explosão e assim criou-se o Universo, dizem os cientistas.

Já Deus, em sete dias, criou céus, terra, luz, trevas, águas, árvores frutíferas, sementes, animais (a serpente, por exemplo), Sol e Lua para separar o dia e a noite e ainda criou o homem (Adão). Depois de tanto trabalho, descansou no sétimo dia, conta Moisés no primeiro livro da Bíblia, Gênesis, escrito, segundo registros, em 1410 a.C. (antes de Cristo).

Quanto à criação do homem, a ciência diz que somos uma evolução do macaco. Mas quem criou o macaco? Se, por acaso, alguém responde que foi Deus, quem criou Deus?
A energia concentrada e densa que sofreu a explosão há quinze bilhões de anos dando origem ao Universo, quem criou? O que era o tudo antes de ser... tudo?
Quem contou para Moisés que Deus criou o Universo? Claro que é uma bela narrativa a Criação do universo. Prefiro isto à teoria do Big Bang. Muito mais romântica. Aliás, quem ensinou Moisés a escrever assim?

“Adão e Eva”, “Os Sete Pecados Capitais”, “A Arca de Noé”, entre tantas outras histórias da Bíblia, seja novo ou antigo testamento, são histórias fascinantes! E se não fosse pela linguagem rebuscada, diria que são histórias pós-modernas! A tentação, a traição, o descontrole sobre os instintos, as tragédias naturais, luxúria, avareza, inveja, gula, ira e até mesmo a condenação de saber a diferença entre o bem e o mal, são temas mais que atuais, apesar de terem sido tema do primeiro livro de toda a história da humanidade. Impressionante como os “profetas”, assim chamados todos os escritores da Bíblia, são contemporâneos à nossa realidade!

Os dilúvios, por exemplo, não são mais privilégios só de Noé. É só ler ou ver o noticiário de hoje. A diferença, talvez, pode ser a Arca. Ou melhor, a construção dela. Porque, dificilmente encontraríamos nos dias atuais um homem como Noé. Os heróis de hoje demandam de pouca fé. São escassos!!! Poucos e raros, geralmente são tão ocupados em matar a fome que não resta tempo para pensar na falta dos sentimentos que rompem os laços do mundo. Tem estômago gritando mais alto que a dor de quem perdeu a fé. Assim fica difícil construir uma arca a espera de um dilúvio que nem sabe se virá.

Talvez os chineses!!! Mas só porque são prevenidos. Eles constroem abrigos para se safarem dos terremotos. Mas a orientação vem da ciência e não de previsões místicas. Noé não contava com a previsão do tempo e, ainda assim, construiu sua arca. Será esta grande diferença dos tempos? A decadência dos sentimentos?

Sobram teorias e falta fé. Fé em qualquer coisa que nos é abstrato. Não digo fé em Deus. Digo fé em (repito), “qualquer coisa que seja abstrato”: amor, respeito, generosidade, companheirismo, amizade... E a própria fé! É preciso ter fé na nossa fé. “Minha fé em pó, solúvel, minha fé em pó!” É preciso acreditar em nós e nos nossos sentimentos que a ciência não explica, mas, mudam o mundo. Mesmo que seja o seu mundo. Mesmo que seja o meu. Mesmo que seja um mundo só. Mas os sentimentos mudam o mundo.
E não sou arrogante a ponto de achar que esta é a grande solução para o Universo. Eu ainda nem sei como ele foi criado!!! Então, como arriscar uma solução?


Big Bang, Criação Divina, Antigo e Novo Testamento, antes e depois de Cristo? Qual o princípio de tudo? Será o fim? Como, se ainda nem sabemos do começo?

É... Vou viajar amanhã. Estou fazendo as malas. E acabo de chegar à conclusão de que preciso de um baú sem fundo para levar tantos questionamentos sem respostas.
Deixo nestas linhas mal escritas um pouco do barulho que tem minha cabeça.


Eu era uma criança

Eu era uma criança. Olhava para o céu, e ingênuo me perguntava quão grande ele poderia ser. Eu observava o mundo e não enxergava a doença que existia nele. Eu via o por do sol, e nele eu não via maldade; apenas um dia que partia, para dar lugar à noite. Quantas vezes eu não fitei o céu e me perguntei: Quantas estrelas devem existir? Não sei como, mesmo temendo o escuro, eu aprendi a amar a noite. Venha noite e devore o dia que está acabando. Derrame seu véu e coloque um sorriso no rosto dos casais apaixonados.

Mas eu não sabia disso tudo. Eu era uma criança. E naquela época, eu me lembro de assistir desenhos, de ver coisas engraçadas e educativas na tv. Eu me lembro de ver o céu escurecer brincando de queimada com meus amigos. Ah, quantas vezes eu não fui atingido, e neguei até que todos realmente acreditassem em mim? Eu não tinha maldade nos olhos, e por isso, não temia ao cruzar com um estranho. Eu era feliz, eu era uma criança.

As coisas não mudaram ao redor de mim. A violência não aumentou, as mortes continuaram, e o sol continua a se deitar no mesmo horizonte que antes. Continua tão belo quanto antes. E a noite? Mesmo depois de tantos anos, ela continua linda, e às vezes ainda me faz perguntar... 'Quantas estrelas existem no céu?'. O vento sopra, e dessa vez eu sinto o cheiro no ar, um cheiro que não sentia quando eu era uma criança, o cheiro do perigo: Um estranho se aproxima, seria ele um bandido, ou um seqüestrador? Ah, como eu queria voltar para aquele tempo, onde meus olhos não enxergavam essas coisas. Voltar no tempo onde eu ainda era uma criança.

As crianças de hoje não mais brincam de queimada. Será que elas ao menos sabem que brincadeira é essa? Hoje elas jogam videogames, conversam pela internet, e o papai Noel... Bom, o doce e gentil velhinho não mais traz carrinhos e bonecas. Hoje ele trás celulares.
Imagino qual será a programação que as crianças mais gostam na TV nos dias de hoje... Aposto que são os programas de palco que passam aos domingo. Ou seriam aqueles programas que ficam falando sobre a vida dos outros? Ah, como eu queria voltar a assistir desenhos. Meus olhos não mais encontram crianças como antes. Meus olhos não encontram a inocência que tive. Ou será que ainda tenho?

Eu era uma criança. Eu olhava para o céu, e ingênuo eu afirmava: vou ensinar o meu filho a andar de patins. Eu era uma criança e afirmava: vou mostrar os desenhos do pica pau para meu filho. Eu era uma criança e afirmava: vou correr com meu filho pela grama do parque e cobri-lo de carinho. Mas, hoje eu não sou uma criança. Olho para o céu e não consigo ver as estrelas como antigamente. Tento ficar em silêncio, mas ouço gritos, choros, lamentações... O que aconteceu?

Eu era uma criança. E naquela época, não enxergava os problemas. Ou será que eles não existiam? Hoje eu olho para o céu e rezo. Rezo para que um dia meus filhos olhem para o céu. Rezo para que eles possam brincar pelas ruas sem sentir aquele cheiro da maldade. Rezo para que, ao contrário de mim, a esperança não perca a força com o tempo. Pois o tempo me mostrou que, o por do sol vai continuar lindo como antes, e para que isso aconteça, nós não podemos deixar que os nossos olhos mudem.

Estou pensando em todas as coisas que fiz, e não me arrependo de nada. Só me arrependo de ter deixado uma parte da criança que existe em mim, envelhecer. Mas sei que continuarei olhando o céu, e com certeza voltarei a ver as estrelas. Elas sempre estiveram lá.

Eu era uma criança e olhava o céu, e naquela época, não fazia idéia de que hoje eu estaria na frente de um computador lamentando da inocência que eu vivi... Mas, que graças a Deus, eu não esqueci!